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10 de agosto de 2009

O Restaurante no Fim do Universo [4]

Depois de uns capítulos grandes, uns outros médios, aparece o capítulo 28 com a sua graça. Ele só tem uma página e diz muita coisa, como todas as outras coisas que são pequenas, mas tem um valor imenso. Vou reproduzi-lo aqui.
Capítulo 28

O principal problema - um dos principais problemas, pois são muitos -, um dos principais problemas em governar pessoas, está em quem você escolhe para fazê-lo. Ou melhor, em quem consegue fazer com que as pessoas deixem que ele faça isso com elas.
Resumindo: é um fato bem conhecido que todos os que querem governar as outras pessoas são, por isso, os menos indicados para isso. Resumindo o resumo: qualquer pessoa capaz de se tornar presidente não deveria, em hipótese alguma, ter permissão para exercer o cargo. Resumindo o resumo do resumo: as pessoas são um problema.
Então esta é a situação que encontramos: uma sucessão de presidentes galácticos que curtem tanto as diversões e bajulações decorrentes do poder que muito raramente percebem que não está no poder.
E, nas sombras atrás dels - quem?
Quem pode governar se ninguém que queira fazê-lo pode ter permissão para exercer o cargo?
E assim acaba o menor capítulo de um livro que já li. O Douglas Adams fez uma crítica para o mundo galáctico, mas que serve muito bem para o mundo "terrático" daqui.

Agora só falta mais um.

Atéé.

9 de agosto de 2009

O Restaurante no Fim do Universo [3]

Falando de umas limunavesines que estavam no estacionamento do Restaurante no Fim do Universo. Estavam Ford Perfect e Zphord admirando-as. Acabaram encontrando A NAVE. E o que mais interessava para eles era o seu dissipador.
O dissipador tinha uma massa de dois trilhões de toneladas e estava contido por um buraco negro instalado em um campo eletromagnético, que ficava situado na metade do comprimento da nave. Esse dissipador permitia que a nave fosse manobrada a poucos quilômetros de um sol amarelo, e a partir daí era possível surfar as erupções solares que emanavam de sua superfície.
Como ele disse um pouco antes desse parágrafo: "basicamente um brinquedo para garotões ricos". E esse negócio de surfar nas erupções solares, segundo o Perfect "é um dos esportes mais exóticos e divertidos da existência". Se ele está falando, quem sou eu pra discordar, mas eu to de boua assim mesmo sem saber como é um esporte exótico e divertido. Todboua. =p

O título é "O Restaurante no Fim do Universo", mas ele fala bastante do livro "O Guia do Mochileiro das Galáxias", que não é o primeiro livro dessa série e sim, o senhor todo poderoso como eu já tinha falado antes e está escrito a sua importancia aqui.

E para matar a curiosidade de todos, o autor colocou um trecho do Guia com algumas informações sobre o Universo para ajudá-lo a viver nele. Ele fala da área, importações, exportações, população, unidades monetárias, arte e sexo.
Vou falar só da área, pois aí ele dá uma definição de infinito engraçada.
1.Área: Infinita
O Guia do Mochileiro das Galáxias oferece a seguinte definição para a palavra "Infinito":
Infinito: Maior que a maior de todas as coisas e um pouco mais que isso. Muito maior que isso, na verdade, realmente fantasticamente imenso, de um tamanho totalmente estonteante, tipo "puxa, isso é realmente grande!" O infinito é tão totalmente grande que, em comparação a ele, a grandeza em si parece ínfima. Gigantesco muitiplicado por colossal multiplicado por estonteantemente enorme é o tipo de conceito que estamos tentando passar aqui.
Ou seja, mesmo assim, ainda nem é assim o inifito.

Falando em infinito lembrei de uma música do André Abujamra chamado "O Infinito". A música faz um monte de analogia com o símbolo do infinito. É muito legal. "O infinito de pé é o número 8, o infinito deitado são dois biscoitos..." É divertido =p Se quiser ouvir a música tem aqui.

E até o próxiiiiiiiiimo! No Domingoooooooooooo Legaaaaaal! Um beijo da gorda!

3 de agosto de 2009

O Restaurante no Fim do Universo [2]

Na verdade, me dá vontade de escrever o livro inteiro aqui, por ser muito bom, mas aí não dá, já bastou eu ter escrito um monte de coisas do Breve História, mas também ele tinha mais páginas que o Mochileiro.

Hoje em dia é muito comum andar no elevador, as vezes monótono, mas com certeza os elevadores da editora do todo-poderoso "Guia do Mochileiro das Galáxias" não são nada disso. E os que a gente conhece é um tanto ultrapassado comparado a esses.

Pois bem. Mais um trecho muito bom que fala dos elevadores da tal editora do livro.




Basicamente, os elevadores agora operam segundo o curioso princípio da "percepção temporal desfocada". Em outras palavras, são capazes de prever vagamente o futuro imediato, o que permite que estejam no andar correto para apanhar seus passageiros antes mesmo que eles possam saber que queriam chamar um elevador. Dessa forma, eliminaram todo aquele tédio relacionado a bater papo, se descontrair e fazer amigos ao qual as pessoas antes eram forçadas enquanto esperavam os elevadores.
E apenas uma conseqüência natural, então, que muitos elevadores imbuídos de inteligência e premonição tenham ficado terrivelmente frustados com esse trabalho inominavelmente tedioso de subir e descer, subir e descer; eles experimentaram brevemente a noção de ir para os lados, como uma espécie de protesto existencial, em seguida reivindicavam mais participação no processo de tomada de decisão e finalmente começaram a jogar-se deprimidos nos porões.
Quando dizem que as máquinas podem dominar o homem e logo depois o mundo, eu acredito sem pensar duas vezes.

E haja espaço para os lados para que os elevadores possam se movimentar, ou melhor, protestar.

Inté o próximo!

1 de agosto de 2009

O Restaurante no Fim do Universo - Douglas Adams

Título: O Restaurante no Fim do Universo
Título original: The Restaurant at the End of the Universe
Autor: Douglas Noël Adams
Nacionalidade do autor: britânica
Editora: Sextante
Lançamento: 2004
Número de páginas: 229


30 de julho de 2009

Laranja Mecânica - o autor

Anthony Burgess, nascido em Manchester em 1917 e falecido em 1993, ganhador de vários prêmios literários, produziu trinta e duas novelas, duas obras teatrais e dezesseis obras não fictícias, juntamente com incontáveis composições musicais, incluindo sinfonias, óperas e jazz. [Por isso que ele fala dos caras que fizeram sinfonias, óperas... hmm, tô sacando a dele.] É considerado um dos grandes gênios literários de nossa época. Entre suas principais obras estão The Long Day Wanes; The Wanting Seed; The Doctor is Sick; Nothing Like the Sun; The Man of Nazareth; A Clockwork Orange e as novelas de Enderby. Vi aqui.


Estudou literatura e língua inglesa na Universidade de Manchester. Foi compositor, serviu por seis anos ao exército inglês na II Guerra Mundial e tornou-se oficial na Ásia e, mais tarde, professor, trabalhando inclusive para o Ministério de Educação na Malásia. Com a luta pela independência da Malásia o deixando desempregado e tendo sido diagnosticado com um doença fatal, Burgess entrou em frenesi literário em 1959, preocupado em deixar sua esposa sem recursos financeiros. A previsão médica estava errada. Ele viveu até 1993, enquanto sua esposa, Llwela Isherwood Jones, morreu de cirrose hepática em 1968. No mesmo ano, Burgess casou-se com Liliana Macellari, uma lingüista e tradutora italiana, com quem conviveu até sua morte. A mais célebre fábula de ficção científica de Anthony Burgess, "A Laranja Mecânica", é um libelo pelo livre-arbítrio. Burgess preocupava-se com a ampla utilização do behaviorismo em clínicas, consultórios e prisões. Vi aqui.

28 de julho de 2009

Laranja Mecânica - final

No final sempre tem aquela reflexão de tudo que aconteceu. E Laranja Mecânica não fica para trás.
Talvez fosse isso, eu continuava pensando. Talvez eu estivesse ficando velho demais para o tipo de jizna que eu levava, irmãos. Eu tinha dezoito agora, recém-completados. Dezoito não era uma idade jovem. Aos dezoito anos, Wolfgang Amadeus havia escrito concertos, sinfonias, óperas, oratórios, aquela kal total, não, kal não, música celestial. E também havia o velho Feliz M. com sua abertura Sonho de Uma Noite de Verão. E havia outros. E havia aquele poeta francês musicado pelo velho Benjy Britt, que havia feito toda a sua melhor poesia aos quinze anos, Ó, meus irmãos. Arthur, era seu primeiro nome. Portanto, dezoito não era uma idade assim tão jovem. Mas o que é que eu ia fazer?
Essa reflexão só me deixou deprimida. Se dezoito anos já não é “uma idade assim tão jovem”, então eu já estou com o pé na cova. É, essas dores nas costas não são por menos, né?Terminando sobre o Laranja Mecânica por aqui. O próximo post vai ser sobre o autor.

26 de julho de 2009

Laranja Mecânica – No Tratamento de Recuperação

O lugar para onde ele me rodou, irmãos, não era igual a nenhum cine-cínico que já tivesse videado antes. Sem brincadeira, uma das paredes estava toda coberta por uma tela prateada, e na parede oposta havia furos quadrados para o projetor poder projetar, e havia alto-falantes estéreo enfiados por todo o mesto.
Um livro de 1962 já estava falando como é o IMAX, mas só começou a ter esse ano em São Paulo, por sinal, eu ainda não fui. Por que eles não pegaram logo essa ideia?
A música ainda se derramava em metais, tambores e violinos a quilômetros de altura através da parede. A janela do quarto onde eu havia me deitado estava aberta. Itiei até lá e videei uma bela queda até os autos e ônibus e tcheloveks que caminhavam lá embaixo. Kribei para o mundo: – Adeus, adeus, que Bog os perdoe por uma vida arruinada. – Então subi no alpendre, a música estourando à minha esquerda, fechei os glazis e senti o frio no litso, então pulei.
Eu já vi o filme, mas não me lembro dessa parte, se bem que eu o vi faz muito tempo. Ou eles tiraram mesmo do filme. Ou KT.