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31 de agosto de 2014

O diário de Anne Frank

Título: The Diary of a Young Girl: The Definition Edition
Autor: Anne Frank; Edited by Otto H. Frank and Mirjam Pressler
Nacionalidade do autor: holandesa
Editora: Bantam Books
Lançamento: 1997
Número de páginas: 335






Sempre ouvi falar de Anne Frank, mas nunca soube quem de fato era ela. Até que numa aula de redação da escola de inglês, em Toronto, o tema era ela. A professora nos deu um texto sobre a vida dela e a gente tinha que escrever um resumo. Aí sim, descobri quem era a precoce menina, Anne Frank. Depois de um tempo, comprei o livro e comecei a ler. Tive várias dificuldades com o vocabulário, o que fez eu desistir de ler, mas depois de um tempo ignorei isso e fui lendo, tentando entender o contexto. Estava quase terminando o livro quando o perdi em outra viagem. Tive que comprar outro, em inglês, claro, mas dessa vez comprei a versão completa, como no livro mesmo diz, "nenhuma palavra foi omitida", para continuar a leitura. Pois então vamos à história da vida dela!

My dearest Kitty,

Anne morava em Amsterdã, com o seu pai, Otto Frank, sua mãe, Edith Frank, e sua irmã, Margot Frank. Tudo começou quando o seu pai presente-a com um diário no dia 12 de junho de 1942, seu aniversário. Teve uma festa de aniversário logo depois. Ela ganhou vários presentes e tudo estava perfeitamente bem. No começo nem tinha muito tempo para escrever no diário, porque ela sempre estava na companhia de vários amigos. E tudo que ela escrevia no diário era sobre esse tempo que passava com os amigos, pretendentes amorosos e a escola.

Até que a Alemanha invadiu a Holanda e ela teve que se mudar para uma escola de judeus e todos os judeus teve que usar uma estrela em suas roupas. Os pais dela já estavam planejando se esconder no escritório do pai, mas tiveram que antecipar esta fuga porque Margot recebeu um call-up notice no domingo à tarde, em 05/07/1942. No mesmo dia, Miep, uma funcionária que trabalha desde 1933 e já virou grande amiga da família, e seu marido ajudaram a levar as últimas coisas para o esconderijo e na manhã da segunda-feira, a família Frank estava a caminho do lugar que ficariam por um pouco mais de 2 anos, deixando todo o resto para trás.

The stripped beds, the breakfast things on the table, the pound of meat for the cat in the kitchen - all of these created the impression that we'd left in a hurry. But we weren't interested in impressions. We just wanted to get out of there, to get away and reach our destination in safety. Nothing else mattered.

Anne apenas voltou a escrever na quarta-feira, quando tudo já estava arrumado em seus lugares. Ela teve a ajuda do pai, porque somente os dois eram os arrumadores da família. Margot e a mãe chegaram exaustas e não fizeram nada. Foi então que ela descreveu, nos mínimos detalhes, a sua nova casa.

Layout do Annex

To the left is a narrow hallway opening onto a room that serves as The Frank family's living room and bedroom. Next door is a smaller room, the bedroom and study of the two young ladies of the family. To the right of the stairs is a windowless washroom with a sink. (...) If you go up the stairs and open the door at the top, you're surprised to see such a large light and spacious room in a old canal side house like this. It contains a stove (thanks to the fact that it used to be Mr. Kugler's laboratory) and a sink. This will be the kitchen and bedroom of Mr. and Mrs. van Daan, as well as the general living room, dining room and study for us. A tiny side room is to be Peter van Daan's bedroom.

Pela figura acima, da para ver que eles ficavam no segundo andar, da família Frank, e terceiro andar, da família van Daan, que na verdade era a família van Pels. Alguns meses depois chegou Albert Dussel, um dentista que estava a procura de esconderijo e como Miep o conhecia, ofereceu o Annex. Tiveram algumas mudanças sobre onde dormir: agora Anne ficou dividindo o quarto com Sr. Dussel e Margot foi dormir no quarto dos pais. O Annex era muito organizado que tinha até um guia, o mesmo foi entregue ao Dussel quando ele chegou. O guia tem informações sobre as horas das refeições e o que podia ou não ser feito. Por exemplo, nenhum livro em alemão era aceito ou então falar em alemão.

À cima, a família Frank, Edith, Anne, Otto e Margot. À baixo, Dussel, Sr. van Daan, Sra. van Daan e Peter

Eles contavam com a ajuda dos funcionários da empresa do Otto para trazer mantimentos, notícias e presentes des ocasiões especiais, por exemplo aniversários. Os funcionários que sabiam do esconderijo são: Mr. Kugler, Mr. Kleiman, Miep e a datilógrafa Bep Voskuijl de 23 anos. Mr. Voskuijl era o pai da Bep e trabalhava no armazém da empresa com mais dois ajudantes que não sabiam sobre o esconderijo.

À cima, Mr. Kleiman e Mr. Kluger. À baixo, da esquerda para direita, Miep, Otto e Bep

No começo do texto falei que Anne era uma precoce menina e era mesmo. Ela não gostava da ideia de ser apenas mais uma, sem ter coragem para fazer o que quer, ela sempre queria ser alguém melhor, pelo menos melhor que a sua irmã mais velha que não tinha muita opinião e não se expressava.

I confess that I have absolutely no desire to be like Margot. She's too weak-willed and passive to suit me; she lets herself be swayed by others and always blacks down under pressure. I want to have more spunk! But I keep ideas like these to myself. They'd only laugh at me if I offered this in my defense.

Claro, ela era muito corajosa, mas nem sempre tudo são flores. Ela também tinha as suas depressões, ainda mais porque ela queria estar livre para fazer as milhares de coisas que ela planejava fazer quando saísse de lá.

(...) I've been taking valerian everyday to fight the anxiety and depression, but it doesn't stop me from being even more miserable the next day. A good heart laugh would help more than ten valerian drops, but we've almost forgotten how to laugh.

Nesse meio tempo em que estava ainda lendo a sua história, tive a oportunidade de visitar o Secret Annex!

Anne Frank Huis

Apesar da fila quilométrica logo cedo pela manhã (para evitar a fila, sejam inteligentes e comprem pela internet a entrada), foi uma experiência incrível poder ver o diário original, depois de ter passado por todos os cômodos da casa. Agora a casa é um museu com vídeos e objetos dos ex-moradores contando como foi tudo aquilo. Tem também um espaço mostrando o sucesso que a Anne ganhou depois da publicação do seu diário, por exemplo os filmes e peças de teatro contando a sua história. Inclusive um estatueta do Oscar que a atriz Shelley Winters que interpretou a sra. van Pels no filme "The diary of Anne Frank" ganhou, nos anos 60, de melhor atriz. Tem também um outro espaço mais educacional, como se fosse um jogo de perguntas, relacionado com qualquer tipo de preconceito. É mostrado várias situações e então no final pergunta o que você faria. Pelo que me lembro as situações são reais. E claro, no final tem a lojinha do museu. Lá tem o diário em diversas línguas e versões. Além de fotos, posters, broches, canetas e o diário! Sim, um diário para qualquer um ser Anne Frank.

Meu diário Anne Frank

Se você não puder ir ver tudo de perto, o site do museu disponibilisou um tour online em 3D e em todos os cômodos tem um áudio com trechos do diário sobre aquele lugar ou situações que envolvem o lugar. Muito bom para matar um pouco a curiosidade.

Clique aqui para fazer um tour 3D pelo Secret Annex

Todos deveriam ler para aprender diversas coisas para a vida que a precoce mulher de 15 anos, nos anos 40, nos ensinou com o seu jeito de criança.

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