Páginas

3 de agosto de 2009

O Restaurante no Fim do Universo [2]

Na verdade, me dá vontade de escrever o livro inteiro aqui, por ser muito bom, mas aí não dá, já bastou eu ter escrito um monte de coisas do Breve História, mas também ele tinha mais páginas que o Mochileiro.

Hoje em dia é muito comum andar no elevador, as vezes monótono, mas com certeza os elevadores da editora do todo-poderoso "Guia do Mochileiro das Galáxias" não são nada disso. E os que a gente conhece é um tanto ultrapassado comparado a esses.

Pois bem. Mais um trecho muito bom que fala dos elevadores da tal editora do livro.




Basicamente, os elevadores agora operam segundo o curioso princípio da "percepção temporal desfocada". Em outras palavras, são capazes de prever vagamente o futuro imediato, o que permite que estejam no andar correto para apanhar seus passageiros antes mesmo que eles possam saber que queriam chamar um elevador. Dessa forma, eliminaram todo aquele tédio relacionado a bater papo, se descontrair e fazer amigos ao qual as pessoas antes eram forçadas enquanto esperavam os elevadores.
E apenas uma conseqüência natural, então, que muitos elevadores imbuídos de inteligência e premonição tenham ficado terrivelmente frustados com esse trabalho inominavelmente tedioso de subir e descer, subir e descer; eles experimentaram brevemente a noção de ir para os lados, como uma espécie de protesto existencial, em seguida reivindicavam mais participação no processo de tomada de decisão e finalmente começaram a jogar-se deprimidos nos porões.
Quando dizem que as máquinas podem dominar o homem e logo depois o mundo, eu acredito sem pensar duas vezes.

E haja espaço para os lados para que os elevadores possam se movimentar, ou melhor, protestar.

Inté o próximo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você acha de tudo que eu falei?