Título: Laranja Mecânica
Título original: A Clockwork Orange
Gênero: ficção, ação, drama, distopia, novela, sátira
Autor: Anthony Burgess
Nacionalidade do autor: inglesa
Editora: Aleph
Lançamento: 2004
Número de páginas: 224
29 de maio de 2009
25 de maio de 2009
Bill Bryson
Uma expedição em 1973 trouxe-o a Inglaterra onde se encontrou com sua esposa e decidiu residir. Escreveu para os jornais The English, The Times e The Independent por muitos anos, escrevendo artigos do curso para suplementar sua renda. Viveu com sua família no norte de Yorkshire antes de voltar de novo para os E.U.A. em 1995, para Hanover, de Nova Hampshire, com sua esposa e quatro crianças. Em 2003, Bryson e a sua família mudaram-se de novo para Inglaterra, onde reside actualmente.
Livros
-The Lost Continent, primeiro livro de viagem hilariante, uma viagem no Chevrolet da sua mãe em torno da 'pequena' América.
-Walk in the Woods, I'm A Stranger Here Myself (publicado na Inglaterra como Notes from a Small Island)
-In a Sunburned Country (publicado na Inglaterra como Down Under).
-Bill Bryson's Dictionary of Troublesome
-Words
-Neither Here nor There: Travels in Europe, Made in America, The Mother Tongue
-Bill Bryson's African Diary
-A Short History of Nearly Everything (Uma Breve História de Quase Tudo)
-Made in America
Linkado daqui.
Ele tem um site próprio que tem várias outras coisas sobre ele e coisas dele.
bjosmemandemseuscelsqueeujacoloqueicreditos.
20 de maio de 2009
O último infelizmente...
Depois de dezenas de posts sobre o "Breve História de Quase Tudo", este vai ser o último. Não tem mais trechos, só vou falar umas considerações finais.
Para um livro grande desses, ter erros de concordância, por causa da tradução, é um pouco banal. Mas não é muito bom ver que a pessoa que traduziu não sabe bem o português. Ou faltou alguma revisão antes de mandar para a editora, mas enfim, não tem tantos assim. Sempre quando olhava um, não gostava, porque eram erros tolos, que podiam ser facilmente corrigidos. Um exemplo.
"Felizmente, foi a corrente à qual pertencíamos, e ela evoluiu para um família de protomamíferos conhecida como terapsidas."
Confesso que não li o livro inteiro, pois já estava cansada de ler, ler e não terminar nunca, ainda mais que eu só tinha tempo pra ler quando eu ia dormir e eu já estava morrendo de sono e aí não rendia quase nada.
Mas eu dei uma olhada no que falavam os outros capítulos. Pelo menos eu li o máximo que eu consegui, ficaram faltando só 6, num total de 30.
Em um deles fala da quantidade de seres vivos que a gente conhece e, falando mais em planta, o quanto é difícil de classificá-los e nomeá-los. Tem uma espécie de relva que recebeu vários nomes por ser difícil perceber que sempre era a mesma. E fala do Lineu que contribuiu bastante com a taxonomia.
Um outro capítulo é dedicado inteiramente às células. Afinal, são elas que fazem tudo por nós e como diz o Bill Bryson: "E durante toda a sua vida você jamais agradeceu a uma delas que fosse." Nunca é tarde para agradecer, não é mesmo!? Aproveite agora!
Então é isso.
Próximo post vai ser falando um pouco do autor do livro.
Bjosmeligapqeutosemcredito.
Para um livro grande desses, ter erros de concordância, por causa da tradução, é um pouco banal. Mas não é muito bom ver que a pessoa que traduziu não sabe bem o português. Ou faltou alguma revisão antes de mandar para a editora, mas enfim, não tem tantos assim. Sempre quando olhava um, não gostava, porque eram erros tolos, que podiam ser facilmente corrigidos. Um exemplo.
"Felizmente, foi a corrente à qual pertencíamos, e ela evoluiu para um família de protomamíferos conhecida como terapsidas."
Confesso que não li o livro inteiro, pois já estava cansada de ler, ler e não terminar nunca, ainda mais que eu só tinha tempo pra ler quando eu ia dormir e eu já estava morrendo de sono e aí não rendia quase nada.
Mas eu dei uma olhada no que falavam os outros capítulos. Pelo menos eu li o máximo que eu consegui, ficaram faltando só 6, num total de 30.
Em um deles fala da quantidade de seres vivos que a gente conhece e, falando mais em planta, o quanto é difícil de classificá-los e nomeá-los. Tem uma espécie de relva que recebeu vários nomes por ser difícil perceber que sempre era a mesma. E fala do Lineu que contribuiu bastante com a taxonomia.
Um outro capítulo é dedicado inteiramente às células. Afinal, são elas que fazem tudo por nós e como diz o Bill Bryson: "E durante toda a sua vida você jamais agradeceu a uma delas que fosse." Nunca é tarde para agradecer, não é mesmo!? Aproveite agora!
Então é isso.
Próximo post vai ser falando um pouco do autor do livro.
Bjosmeligapqeutosemcredito.
15 de maio de 2009
Comédia da Vida Privada Científica.
Em um capítulo que começa falando sobre o ser humano ter tomado uma decisão precipitada de sair da água - onde tem 99,5% e relação a volume habitável - e preferiu ser terrestre.
Depois começa a falar o quanto é maléfico o homem mergulhar distâncias profundas, causando uma séria doença por causa da forte pressão que tem lá embaixo.
E depois disso tudo começa a falar de um pai e um filho que estudou como as pessoas poderiam não sofrer com a doença da descompressão.
"Grande parte do que sabemos sobre a sobrevivência nos extremos se deve à dupla extraordinária de um pai e filho formada por John Scott e J. B. S. HAldane. Mesmo pelos padrões rigorosos dos intelectuais britânicos, os Haldane eram a excentricidade personificada. O Haldane pai nasceu em 1860 em uma família aristocrática escocesa (seu irmão foi o visconde de Haldane), mas passou a maior parte da carreira em relativa modéstia como professor de fisiologia em Oxford. Era famoso pela distração. Certa vez, sua mulher mandou-o ao andar de cima se vestir para um jantar. Como ele não voltasse, ela subiu e descobriu que ele estava dormindo na cama de pijama. Ao ser despertado, Haldane explicou que, enquanto se despia, pensou que já estivesse na hora de durmir. O que ele considerava férias era viajar à Cornualha para estudar as tênias em mineiros. Aldous Huxley, o romancista neto de T.H. Huxley, que morou com os Haldane algum tempo, parodiou-o um tanto impiedosamente, como o cientista Edward Tantamount no romance contra ponto"
Mas o senhor Haldane gostava mesmo era dos efeitos de gases tóxicos sobre o corpo humano.
"Para entender mais exatamente como vazamentos de monóxido de carbono matavam os mineiros, Haldane metodicamente se envenenou, extraindo e examinando com cuidado sua própria amostra de sangue. Só parou quando estava à beira de perder o controle muscular e seu nível de saturação do sangue atingira 56% - um nível, como observa Trevor Norton em sua divertida história do mergulho submarino, Stars beneath the sea [Estrelas sob o mar], a uma fração da letalidade certa."
"Em outra ocasião, enquanto se envenenava com níveis elevados de oxigênio, Haldane sofreu uma convulção tão grave que fraturou várias vértebras. Pulmões contraídos eram um risco rotineiro. Tímpanos perfurados eram bem comuns. No entanto, como ele mesmo observou, em tom tranquilizador, em um de seus ensaios, 'o tímpano geralmente se recupera; e, se nelepermanecer um furo, embora se fique um pouco surdo, pode-se expelir fumaça de tabaco pela orelha em questão, o que é uma realização social."
O cara era feliz desse jeito. =p
"O extraordinário nisso tudo não era que Haldane estivesse disposto a submeter-se a tamanho risco e desconforto em prol da ciência, mas que não tivesse a menor dificuldade em convencer colegas e pessoas queridas a também entrarem na câmara. Numa descida simulada, sua esposa sofreu certa vez uma convulsão que durou treze minutos. Quando enfim ela parou de se sacudir pelo chão, Haldane ajudou-a a se levantar e mandou-a para casa a fim de preparar o jantar." Dogão é mau.
Tem mais um monte de parágrafos falando das maluquices que ele fez. Gostaria de colocar tudo, mas tenho quase certeza que ninguém vai ler. Quem não ler, não sabe o que está perdendo. Eu me diverti muito lendo esse livro. Ainda mais que ele é informacional e humoristical =p
Até a próxima.
Depois começa a falar o quanto é maléfico o homem mergulhar distâncias profundas, causando uma séria doença por causa da forte pressão que tem lá embaixo.
E depois disso tudo começa a falar de um pai e um filho que estudou como as pessoas poderiam não sofrer com a doença da descompressão.
"Grande parte do que sabemos sobre a sobrevivência nos extremos se deve à dupla extraordinária de um pai e filho formada por John Scott e J. B. S. HAldane. Mesmo pelos padrões rigorosos dos intelectuais britânicos, os Haldane eram a excentricidade personificada. O Haldane pai nasceu em 1860 em uma família aristocrática escocesa (seu irmão foi o visconde de Haldane), mas passou a maior parte da carreira em relativa modéstia como professor de fisiologia em Oxford. Era famoso pela distração. Certa vez, sua mulher mandou-o ao andar de cima se vestir para um jantar. Como ele não voltasse, ela subiu e descobriu que ele estava dormindo na cama de pijama. Ao ser despertado, Haldane explicou que, enquanto se despia, pensou que já estivesse na hora de durmir. O que ele considerava férias era viajar à Cornualha para estudar as tênias em mineiros. Aldous Huxley, o romancista neto de T.H. Huxley, que morou com os Haldane algum tempo, parodiou-o um tanto impiedosamente, como o cientista Edward Tantamount no romance contra ponto"
Mas o senhor Haldane gostava mesmo era dos efeitos de gases tóxicos sobre o corpo humano.
"Para entender mais exatamente como vazamentos de monóxido de carbono matavam os mineiros, Haldane metodicamente se envenenou, extraindo e examinando com cuidado sua própria amostra de sangue. Só parou quando estava à beira de perder o controle muscular e seu nível de saturação do sangue atingira 56% - um nível, como observa Trevor Norton em sua divertida história do mergulho submarino, Stars beneath the sea [Estrelas sob o mar], a uma fração da letalidade certa."
"Em outra ocasião, enquanto se envenenava com níveis elevados de oxigênio, Haldane sofreu uma convulção tão grave que fraturou várias vértebras. Pulmões contraídos eram um risco rotineiro. Tímpanos perfurados eram bem comuns. No entanto, como ele mesmo observou, em tom tranquilizador, em um de seus ensaios, 'o tímpano geralmente se recupera; e, se nelepermanecer um furo, embora se fique um pouco surdo, pode-se expelir fumaça de tabaco pela orelha em questão, o que é uma realização social."
O cara era feliz desse jeito. =p
"O extraordinário nisso tudo não era que Haldane estivesse disposto a submeter-se a tamanho risco e desconforto em prol da ciência, mas que não tivesse a menor dificuldade em convencer colegas e pessoas queridas a também entrarem na câmara. Numa descida simulada, sua esposa sofreu certa vez uma convulsão que durou treze minutos. Quando enfim ela parou de se sacudir pelo chão, Haldane ajudou-a a se levantar e mandou-a para casa a fim de preparar o jantar." Dogão é mau.
Tem mais um monte de parágrafos falando das maluquices que ele fez. Gostaria de colocar tudo, mas tenho quase certeza que ninguém vai ler. Quem não ler, não sabe o que está perdendo. Eu me diverti muito lendo esse livro. Ainda mais que ele é informacional e humoristical =p
Até a próxima.
7 de maio de 2009
Comédia da Vida Privada Científica.
Se você se acha o excluído, depois de ler a história desses dois, vai perceber que você ainda tem chances.
"Clair Patterson morreu em 1995. Ele não ganhou prêmio Nobel por seu trabalho. Geólogos nunca ganham. O mais intrigante é que ele não ficou famoso, e seu meio século de realizações regulares e cada vez mais altruísta não recebeu muita atenção. É bem possível que ele tenha sido o geólogo mais influente do século XX. No entanto quem é que ouviu falar de Clair Patterson? A maioria dos livros didáticos de geologia não o menciona. Dois livros populares recentes sobre a história da datação da Terra chegam a grafar errado seu nome. No início de 2001, um resenhistas de um desses livros, na revista Nature, cometeu o erro adicional e um tanto espantoso de achar que Patterson fosse uma mulher."
Em um capítulo falando sobre água, oceanos e tantas coisas mais, começou falando de uma dupla - bastante aventureiros, por sinal - que começou a estudar o fundo do oceano. Construiram tipo uma "cápsula" e cada vez batiam mais recordes de profundidade que conseguiam alcançar.
O nome da dupla é Charles William Beebe e Otis Barton*. Quem bancou a produção da "cápsula" foi o Barton, mas sempre quem levava a fama, por isso e por mais coisas, era o Beebe. Vai ver que era por causa do sobrenome bonitinho.
"Após o recorde de profundidade em 1934, Beebe perdeu o interesse no mergulho e se entregou a outras aventuras, mas Barton preservou. Num gesto louvável, Beebe sempre dizia para quem perguntasse, que Barton era o verdadeiro cérebro responsável pelo empreendimento, porém Barton parecia incapaz de sair da obscuridade. Ele também escreveu histórias emocionantes de suas aventuras submarinas e chegou a estrelar um filme de Hollywood chamado Titans of the deep [Titãs das profundezas]. O filme mostrava uma batisfera e muitos encontros empolgantes e em grande parte ficcionais com agressivas lulas-gigantes e outros monstros. Ele chegou a fazer propaganda dos cigarros Camel. Em 1948, um mergulho de 1370 metros no oceano Pacífico, perto da Califórnia, aumentou o recorde em 50%, mas o mundo parecia determinado a ignorá-lo. Um resenhador de jornal de Titans of the deep chegou a pensar que o astro do filme fosse Beebe. Atualmente, é uma sorte quando Barton chega a ser mencionado."
Às vezes, não adianta, tem gente que não nasceu para ser famosa.
*Eu não consegui achar algo legal falando dele pela net, como eu achei do Beebe, mesmo sendo pouco.
"Clair Patterson morreu em 1995. Ele não ganhou prêmio Nobel por seu trabalho. Geólogos nunca ganham. O mais intrigante é que ele não ficou famoso, e seu meio século de realizações regulares e cada vez mais altruísta não recebeu muita atenção. É bem possível que ele tenha sido o geólogo mais influente do século XX. No entanto quem é que ouviu falar de Clair Patterson? A maioria dos livros didáticos de geologia não o menciona. Dois livros populares recentes sobre a história da datação da Terra chegam a grafar errado seu nome. No início de 2001, um resenhistas de um desses livros, na revista Nature, cometeu o erro adicional e um tanto espantoso de achar que Patterson fosse uma mulher."
Em um capítulo falando sobre água, oceanos e tantas coisas mais, começou falando de uma dupla - bastante aventureiros, por sinal - que começou a estudar o fundo do oceano. Construiram tipo uma "cápsula" e cada vez batiam mais recordes de profundidade que conseguiam alcançar.
O nome da dupla é Charles William Beebe e Otis Barton*. Quem bancou a produção da "cápsula" foi o Barton, mas sempre quem levava a fama, por isso e por mais coisas, era o Beebe. Vai ver que era por causa do sobrenome bonitinho.
"Após o recorde de profundidade em 1934, Beebe perdeu o interesse no mergulho e se entregou a outras aventuras, mas Barton preservou. Num gesto louvável, Beebe sempre dizia para quem perguntasse, que Barton era o verdadeiro cérebro responsável pelo empreendimento, porém Barton parecia incapaz de sair da obscuridade. Ele também escreveu histórias emocionantes de suas aventuras submarinas e chegou a estrelar um filme de Hollywood chamado Titans of the deep [Titãs das profundezas]. O filme mostrava uma batisfera e muitos encontros empolgantes e em grande parte ficcionais com agressivas lulas-gigantes e outros monstros. Ele chegou a fazer propaganda dos cigarros Camel. Em 1948, um mergulho de 1370 metros no oceano Pacífico, perto da Califórnia, aumentou o recorde em 50%, mas o mundo parecia determinado a ignorá-lo. Um resenhador de jornal de Titans of the deep chegou a pensar que o astro do filme fosse Beebe. Atualmente, é uma sorte quando Barton chega a ser mencionado."
Às vezes, não adianta, tem gente que não nasceu para ser famosa.
*Eu não consegui achar algo legal falando dele pela net, como eu achei do Beebe, mesmo sendo pouco.
4 de maio de 2009
Quimicamente falando ...
Começando a falar do início da química, quando estavam diferenciando químicos de alquimistas, com novas descobertas e suposições, eis que surge uma interessante.
"Talvez nada exemplifique melhor a natureza estranha e muitas vezes acidental da ciência química em seus primórdios que uma descoberta de um alemão chamado Henning Brand, em 1675. Brand convenceu-se de que o ouro poderia, de algum modo, ser destilado da urina humana. (A semelhança das cores parece ter influído em sua conclusão.) Ele recolheu cinquenta baldes de urina humana, que manteve durante meses em seu porão. Por meio de diferentes processos secretos, converteu a urina primeiro em uma pasta venenosa e depois numa substância maleável e translúcida. Claro que nada daquilo produziu ouro, mas algo estranho e interessante aconteceu. Após algum tempo, a substância começou a brilhar. Além disso, quando exposta ao ar, muitas vezes entrava em combustão espontaneamente."
Sempre tem um mal trazendo um bem. Estava mais do que claro, que ouro não vinha da urina, mas acabou descobrindo o fósforo a partir disso e que revolucionou o mundo, principalmente com as guerras.
Em um capítulo chamado "A ameaça do chumbo" um médico nada experiente estava mostrando que o chumbo não fazia mal ao homem, mas os exames não estavam certos. E assim, o chumbo sempre foi aceito porque quem fazia, erradamente, os exames, eram as pessoas que comercializava-o, adicionando na gasolina. E isso prejudica muito, pois a atmosfera fica cheia de chumbo.
"Num daqueles estudos, um médico sem nenhum treinamento especializado em patologia química realizou um programa de cinco anos em que se pedisse a voluntários que respirassem ou engolissem grandes quantidades de chumbo. Depois a urina e as fezes dessas cobaias foram examinadas. Infelizmente, como o médico parece ter ignorado, o chumbo não é excretado como produto residual. Ao contrário, acumula-se nos ossos e no sangue - daí ser tão perigoso -, e nem os ossos nem o sangue foram examinados. O resultado foi a aprovação do chumbo como inofensivo à saúde."
Ainda bem que essas coisas não tem mais, só gripe suína agora.
"Talvez nada exemplifique melhor a natureza estranha e muitas vezes acidental da ciência química em seus primórdios que uma descoberta de um alemão chamado Henning Brand, em 1675. Brand convenceu-se de que o ouro poderia, de algum modo, ser destilado da urina humana. (A semelhança das cores parece ter influído em sua conclusão.) Ele recolheu cinquenta baldes de urina humana, que manteve durante meses em seu porão. Por meio de diferentes processos secretos, converteu a urina primeiro em uma pasta venenosa e depois numa substância maleável e translúcida. Claro que nada daquilo produziu ouro, mas algo estranho e interessante aconteceu. Após algum tempo, a substância começou a brilhar. Além disso, quando exposta ao ar, muitas vezes entrava em combustão espontaneamente."
Sempre tem um mal trazendo um bem. Estava mais do que claro, que ouro não vinha da urina, mas acabou descobrindo o fósforo a partir disso e que revolucionou o mundo, principalmente com as guerras.
Em um capítulo chamado "A ameaça do chumbo" um médico nada experiente estava mostrando que o chumbo não fazia mal ao homem, mas os exames não estavam certos. E assim, o chumbo sempre foi aceito porque quem fazia, erradamente, os exames, eram as pessoas que comercializava-o, adicionando na gasolina. E isso prejudica muito, pois a atmosfera fica cheia de chumbo.
"Num daqueles estudos, um médico sem nenhum treinamento especializado em patologia química realizou um programa de cinco anos em que se pedisse a voluntários que respirassem ou engolissem grandes quantidades de chumbo. Depois a urina e as fezes dessas cobaias foram examinadas. Infelizmente, como o médico parece ter ignorado, o chumbo não é excretado como produto residual. Ao contrário, acumula-se nos ossos e no sangue - daí ser tão perigoso -, e nem os ossos nem o sangue foram examinados. O resultado foi a aprovação do chumbo como inofensivo à saúde."
Ainda bem que essas coisas não tem mais, só gripe suína agora.
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