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30 de março de 2009

Comédias da Vida Privada.

Vamos rir um pouco mais.

Esse não é um quarto post sobre o livro de Verissimo, e sim a comédia que alguns cientistas enfrentaram em suas vidas.
Apesar do livro falar do universo e de como tudo começou, ele fala também um pouco da vida das pessoas que ajudaram a descobrir como isso tudo começou. E sempre são fatos engraçados e também insanos. Isso é bom para conhecer quem eram eles de verdade.

Vamos começar falando do Newton, que pelas coisas que ele já fez, dá pra ter uma ideia do quanto ele é meio anormoal.

"Newton era uma figura decididamente estranha: brilhante além da conta, mas solitáro, casmurro, irritadiço no limiar da paranóia, famoso pela distração (depois de tirar os pés da cama ao acordar, diziam que às vezes ficava sentado durante horas, imobilizado por uma súbita irrupção de pensamentos) e capaz das maiores loucuras. Ele construiu seu próprio laboratório, o primeiro de Cambridge, mas depois entregou-se aos experimentos mais estranhos. Certa vez, inseriu uma sovela - uma agulha comprida do tipo usado para costurar couro - na órbita do olho e esfregou-a 'entre meu olho e o osso o mais perto possível do fundo do olho' só pra ver o que aconteceria. O que aconteceu, milagrosamente, foi nada - pelo menos nada de duradouro. Em outra ocasião, ele olhou para o Sol o máximo que conseguiu aguentar, para ver como isso afetaria sua visão. De novo, escapou de danos duradouros, embora tivesse de passar alguns dias num aposento escuro até que seus olhos o perdoassem."

Não pode ser. Como não aconteceu nada? :O
Com toda certeza, os físicos devem saber dessas histórias do Newton e eles continuam nesse caminho. Conheço alguns físicos e nenhum parece um pouco normal mesmo. Mas na verdade, eles podem até achar tudo isso super normal e aceitável. Eu hein!?


"Outra figura notável foi o dr. James Parkinson, que também foi um socialista pioneiro, autor de muitos panfletos provocantes com títulos como 'Revolução sem derramamento de sangue'. Em 1794, ele foi acusado de participar de uma conspiração cujo nome soava meio lunático: a Conspiração da Arma de Brinquedo, em que se planejou atirar um dardo envenenado no pescoço do rei Jorge III enquanto ele estivesse sentado em seu camarote no teatro. (...) Parkinson teve outro pequeno momento de fama. Em 1785, tornou-se talvez a única pessoa da história a ganhar numa rifa um museu de história natural."

A rifa naquele tempo não era algo banal como hoje, que só sorteiam kit de beleza, pen drive, notebooks, carros. Lá fazer uma rifa era algo sério. Mas quem foi o louco que rifou um museu? Quem não gostaria de ter um museu? No livro ele não dá mais informações, só isso mesmo que está aqui =/


Então, mais algumas curiosidades. Dessa vez do Charles Lyell.

"Foi criado no extremo sul da Inglaterra, na Nova Floresta de Hampshire, porque sua mãe estava convencida de que os escoceses eram uns bêbados inveteranos."

Ele nasceu na Escócia e os problemas vieram desde os pais. Mas foi através do reverendo William Buckland que começou a se dedicar inteiramente à geologia.

"Sua outra esquisitice era a mania, quando distraído pelo pensamento, de ficar em posições estranhas na mobília: deitado sobre duas cadeiras ao mesmo tempo ou 'de pé com a cabeça apoiada no assento de uma cadeira' (citando seu amigo Darwin). Muitas vezes, quando absorto nos pensamentos, escorregava na cadeira até seu traseiro quase tocar no chão."
Acho que o mal deles é essa distração por causa dos pensamentos. Homem não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo, está mais do que comprovado!

E esse Lyell não contribuiu muito para a compreensão geológica.

"Lyell acreditava que as mudanças da Terra eram uniformes e constantes - que tudo que acontecera no passado podia ser explicado por eventos que continuavam ocorrendo no presente." "As falhas de Lyell não foram poucas. Ele não explicou de maneira convincente como se formaram as cadeias de montanhas e ignorou as geleiras como agentes de mudanças."

E mais um para terminar por hoje. Dessa vez é de um jovem cientista da paleontologia e rival do anônimo Mantell, o Richard Owen.

"Owen crescera em Lancaster, no norte da Inglaterra, onde estudara medicina. Tinha uma vocação inata para a anatomia e, de tão dedicado aos estudos, às vezes levava ilicitamente membros, órgãos e outras partes de cadáveres para casa a fim de dissecá-los com calma. Certa vez, ao levar num saco a cabeça de um marinheiro africano que acabara de remover, Owen tropeçou numa pedra úmida e viu, horrorizado, a cabeça cair do saco, rolar ruela abaixo e entrar pela porta aberta de uma casa, indo parar na sala. Podemos imahginar a reação dos moradores ante uma cabeça sem corpo rolando até parar aos seus pés. Supõe-se que não tenham chegado a conclusões precipitadas quando, um instante depois, um homem jovem com ar apavorado correu para dentro da casa, apanhou a cabeça sem falar uma palavra e saiu às pressas."

Só com essas pessoas obcecado para acontecer uma coisa dessa. Parece até mentira, mas é um fato muito engraçado visto de fora pois, definitivamente, não gostaria nenhum pouco de ser essa moradora que teve uma visita inesperada.


Até a próxima.

3 comentários:

  1. EHAuehaue legal, eu ainda quero ler esse livro, o problema é a preguiça,

    Bem, vc sabe que eu adoro história da ciência, e um dos motivos são justamente esses fatos inusitados que só acontece com esse pessoal que pensa demais.

    Será que eu fico assim? Acho q eu já sou um pouco... :b

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  2. Prefiro ser burra mas normal pelo RESTO DA MINHA VIDA!!!

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  3. Mas o que é normal para você? =p

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