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9 de março de 2009

Breve História de Quase Tudo

Nome: Breve História de quase tudo
Título original: A short history of nearly everything
Autor: Bill Bryson
Nacionalidade do autor: norte-americana
Editora: Companhia das Letras
Lançamento: 2003
Número de páginas: 544 páginas



 


No começo da leitura achei ele um pouco complexo para mim, mas o assunto é legal. Persisti um pouco mais e acabei gostando. O problema mesmo é que ele é muito grosso, tem 544 páginas. Para quem pegou ele na Biblioteca Municipal e o período máximo para ficar com ele é de 10 dias, vai ser preciso renovar umas 5 vezes para ler tudo.

Já que o nome é "Breve história de quase tudo" vou fazer o mesmo. Não dá para dizer tudo o que tem no livro, como eu fiz com "Os Miseráveis". Senão, seria, no mínimo, 5 posts que eu iria fazer, mas farei melhor. Vou postar por assuntos. O de hoje vai ser analogia.

Percebi que o autor adora fazer analogias. Realmente, assim fica mais fácil para entender mesmo. 

Falando sobre as distâncias do sistema solar, ele faz a seguinte analogia:

São tamanhas as distâncias que é impossível, em termos práticos, desenhar o sistema solar em escala. Mesmo que você acrescentasse uma enorme folha dobrável aos livros didáticos ou usasse um papelão grande, não chegaria nem perto. Num diagrama do sistema solar em escala, com a Terra reduzida ao diâmetro aproximado de uma ervilha, Júpiter estaria a mais de trezentos metros e Plutão estaria a 2,5 quilômetros de distância ( e teria o tamanho aproximado de uma bactéria, de modo que você nem conseguiria vê-lo). Na mesma escala, a Próxima Centauro, a estrela mais próxima, estaria a quase 16 mil quilômetros de distância. Ainda que você encolhesse tudo até Júpiter ficar do tamanho do ponto final da frase, e Plutão não maior que uma molécula, Plutão continuaria a mais de dez metros de distância.

O Universo continua imenso, mesmo com essas escalas. Impressionante!

E já mais para o final do livro, uma outra analogia: o tempo em que as coisas foram surgindo.

Isso talvez seja um pouco estranho, porque a vida teve tempo suficiente para desenvolver ambições. Se você imagina os cerca de 4,5 bilhões de anos da história da Terra comprimidos em um dia terrestre normal, a vida começa muito cedo, em torno das quatro da madrugada, com o surgimento dos primeiros organismos unicelulares simples, mas depois não avança mais nas próximas dezesseis horas. Somente quase às oito e meia da noite, com cinco sextos do dia já decorridos, a Terra consegue exibir ao universo algo além de uma cobertura irrequieta de micróbios. Finalmente as primeiras plantas marinhas aparecem, seguidas vinte minutos mais tarde da primeira medusa e da enigmática fauna de Ediacaran, vista pela primeira vez por Reginald Sprigg, na Austrália. Às 21h04 entram em cena os trilobites (a nado), seguidos mais ou menos imediatamente pelas criaturas bem formadas de Burgess Shale. Pouco antes das 22 horas, plantas começam a brotar em terra firme. Logo após, faltando duas horas para o fim do dia, despontam os primeiros animais terrestres. Graças a uns dez minutos de bom tempo, às 22h24 a Terra é coberta pelas grandes florestas carboníferas cujos resíduos fornecem todo o nosso carvão, e os primeiros insetos com asa se fazem notar. Os dinossauros entram em cena pouco antes das 23 horas e dominam por cerca de 45 minutos. Faltando 21 minutos para a meia-noite, desaparecem, e a era dos mamíferos começa. Os seres humanos emergem um minuto e dezessete segundos antes da meia-noite. Nessa escala, toda a nossa história registrada não duraria mais do que alguns segundos, e a vida de um único ser humano mal duraria um instante. Nesse dia grandemente acelerado, continentes deslizam e se chocam num ritmo positivamente frenético. Montanhas se erguem e se desfazem, bacias oceânicas surgem e desaparecem, lençóes de gelo avançam e recuam. E o todo tempo, cerca de três vezes por minuto, em algum ponto do planeta, um fulgor marca o impacto de um meteoro do tamanho do de Manson, ou até maior. É um milagre que algo consiga sobreviver num ambiente tão fustigado e conturbado. Na verdade, poucas coisas sobrevivem longamente.

Com essas analogias você percebe a imensidão do universo e o quanto é jovem a vida terrestre. Achei bastante interessante.

Depois vou postar sobre coisas bem interessantes! Aguarde!

2 comentários:

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